Projeto Mão Amiga CAPES/PIBID realiza Mesa-Redonda no XI Encontro Científico Pedagógico e VIII Simpósio de Educação



Componentes da Mesa-Redonda

     O XI Encontro Científico Pedagógico e VIII Simpósio de Educação, tradicionalmente empreendido pelo curso de Pedagogia da UNESPAR/UV, teve a sua versão 2014 materializada entre os dias 26 a 30 de maio. Nesse tocante, o projeto Mão Amiga marcou presença ao participar, na tarde do dia 28 de maio, como promotor, de uma Mesa-Redonda intitulada "A contribuição do PIBID para a formação docente inicial e continuada no curso de Pedagogia".
   A Mesa-Redonda aconteceu nas dependências da Fundação Municipal de Cultura de União da Vitória e contou com um público expressivo, composto por pibidianos, ex-pibidianos, acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia, professores, professoras e comunidade escolar do município de União da Vitória.
  A intenção-mor da mesa foi a de ter uma composição que desse vez e voz aos diversos âmbitos de formação que o Programa de Iniciação à Docência fomenta.
    Eis, assim, um panorama dos participantes e das falas:

- Professora Dra. Kelen dos Santos Junges: coordenadora de área do Projeto Mão Amiga. Em meio à Mesa-Redonda foi a articuladora e a sistematizadora das falas, levando o público a perceber o quão multifacetado é o processo formacional do PIBID, que contempla em seu bojo contribuições significativas tantos às escolas parceiras quantos à universidade, bem como à dimensão humana que vivencia essa oportunidade.

- Professora M.ª Marcia Marlene Stenzler: coordenadora institucional do PIBID na UNESPAR. Brindou os presentes com informações sobre como se configura a iniciação à docência no tocante ao PIDID/CAPES, da mesma forma que evidenciou as proporções significativas que o campus de União da Vitória da UNESPAR tem apresentado nos últimos anos.

- Professora Mª. Rosana Beatriz Ansai: coordenadora do Projeto Mão Amiga. Realizou uma fala mais voltada à estruturação pedagógica, profissional e humana do projeto, delineando a trajetória pelo qual o Mão Amiga passou até o momento (2010-2014). Além disso, a professora salientou que, em 2014, o projeto inovou: outrora o foco de atendimento recaía, basicamente, aos alunos com dificuldade de aprendizagem. Atualmente, agregou-se mais um foco formacional: a gestão escolar. Por isso, o Mão Amiga tem seis equipes de atuação, sendo que uma delas não só atende os discentes com dificuldades, mas também empreende um trabalho de gestão, visando a auxiliar a escola parceira no que compete à formulação de projetos que visem a sanar lacunas que a escola considera importantes.

- Professora Esp. Márcia Cristina T. Glus: Pedagoga da Escola Professor José Moura: Essa fala conduziu os expectadores a uma visão de como o projeto Mão Amiga é visto pelos pedagogos das escolas, visto que a supervisora PIBID e os bolsistas do Projeto Mão Amiga precisam dialogar constantemente com quem gerencia a parte pedagógica da escola. Logo, a supervisora exteriorizou que é nítido o efeito positivo e transformativo oriundo do projeto de iniciação à docência, pontuando que um dos desafios que a escola enfrenta é a falta de espaço físico, fator que leva os pibidianos a adequarem-se a espaços que, normalmente, têm outros fins de atendimento, como o laboratório de ciências e o de informática.

- Professora Esp. Carmeli do Rocio Dorocinski. Diretora da Escola Padre João Piamarta: Deu vazão a um relato elogioso ao Mão Amiga, enfatizando que a escola realmente abraçou o projeto, recebendo com muito carinho, desde 2012, as bolsistas acadêmicas.

- Professora M.ª Roseli Vergopolan: representante das supervisoras do projeto Mão Amiga. Em suma, ressaltou como é o trabalho da supervisora pibidiana, a qual tem vital relevância ao bom andamento do projeto na escola, justamente por ser o elo entre a escola parceira e a universidade. Além disso, a professora Roseli relatou, brevemente, sobre a sua ida para Portugal (em janeiro de 2014), oportunidade concedida a outros supervisores do PIBID. Pontuou, também, que o processo de seleção foi árduo, sendo poucos os que tiveram a chance de vivenciar uma formação a nível internacional.

- Professora Esp. Eliane Cristina dos Santos Paulek: ex-bolsista do Mão Amiga e atual professora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Em meio a um relato emocionado, contou ao público que o PIDID, via Mão Amiga, ensinou a ela a ser mais paciente e a ver com olhos mais aguçados a realidade de uma sala de aula, atentando sempre ao diagnóstico dos alunos que têm dificuldades de aprendizagem e à busca da amenização deste problema. A professora expôs que, por conta de ter se casado cedo, viu-se obrigada a largar os estudos, tornando-se mãe e manicure. Dado o crescente anseio de voltar a estudar, recorreu à EJA, concluindo o Ensino Médio. Em sequência, prestou vestibular para Pedagogia. Não demorou muito para fazer o teste seletivo e ingressar no Mão Amiga, reconstruindo o curso de sua história profissional. Inclusive, foi a professora Eliane que, sem essa pretensão, atribuiu o nome que hoje estampa as camisetas e tudo que se relaciona ao projeto: “Mão Amiga” surgiu, pela primeira vez, em um cartaz colado à porta da sala onde ela realizava o atendimento e foi uma forma de resumir a ação docente ofertada aos educandos.

- Acadêmica do 3º ano de Pedagogia Noturno, Simone Luiza Kovalczuk: representando as bolsistas pididinas. Realizou uma fala sobre os motivos que a levaram a fazer Pedagogia, visto que é formada em Letras Português/Inglês e tem pós-graduação em Estudos Literários, além de ter cursado o Magistério: em síntese, o motivo foi o querer saber mais sobre a educação, tendo em vista que as outras licenciaturas têm um foco mais voltado a aquele saber, não restando espaço na grade curricular para explanações sobre o fazer docente e a amplitude que é o sistema educacional. Ao ingressar em Pedagogia, fez o teste seletivo para o PIBID, experiência que elevou muito a formação docente inicial, principalmente no que se refere à lapidação de um olhar mais humanizado. Nesse preâmbulo de formação, o encantamento maior foi com a possibilidade de aliar o saber teórico ao prático, evidenciado por meio de pesquisas que são apresentadas em eventos regionais, nacionais e internacionais, sendo todas as categorias vivenciadas pela acadêmica. No início de 2014, assumiu vaga em um concurso de Anos Iniciais, principiando uma inserção efetiva no magistério. Neste ano, enquanto bolsista do projeto Mão Amiga, encontra-se na equipe de gestão da Escola Guia Lopes, faceta que potencializa ainda mais a formação profissional e que educa o olhar, dando a ele possibilidades de ajustamento: do todo para as especificidades e vice-versa.

- Acadêmica do 4º ano de Pedagogia Diurno, Maria da Luz Stenzel: representando as bolsistas pididinas. Iniciou a sua fala contando ao público que pode ser vista como um exemplo, exemplo de quem, depois de muitos anos sem estudar, voltou aos bancos do Ensino Superior e deu uma repaginada na identidade intelectiva, humana e profissional: de alguém que não sabia nem ligar um computador passou a ser dona de um netbook, aquisição oriunda da bolsa pibidiana. A inserção no PIBID deu à Maria novas perspectivas de vida, ensinando-a a reconhecer as suas potencialidades, com ênfase àquelas vinculadas ao fazer docente e à participação em eventos científicos. Foi, em suma, um relato incrível.

    Findada a Mesa-Redonda o sentimento era o de que cada participante contribuiu com um dizer que abriu leques de como podemos ver cada especificidade não só do Projeto Mão Amiga, mas do PIDID enquanto oportunidade ímpar de formação de profissionais e pessoas melhores.
   Em tempo, também vale pontuar que a participação dos mão amiguenses teve continuidade no dia 29 de maio, nos períodos vespertino e noturno, momento das comunicações orais, onde uma leva de trinta bolsistas, seis supervisoras e duas coordenadoras de área puseram-se a expor seus estudos e linhas de pesquisa dentro do projeto.

Texto escrito pela bolsista da Escola Municipal Guia Lopes, Simone Luiza Kovalczuk
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