Planos de aula - Amarelinha




IDENTIFICAÇÃO DA BOLSISTA ACADÊMICA


Nome: Nilce Svarcz Jungles de Camargo
Escola que atua: Escola Municipal de Campo Interventor Manoel Ribas

Figuras 01 e 02: Na primeira foto o início do Plano de Aula sobre as Amarelinhas e na segunda o término deste plano de aula.

    Na atividade “Amarelinha tradicional”, como mostra a Figura 03, desenhei com giz o percurso na quadra de esporte, com casas simples e duplas, numeradas de 1 a 10, separando as casas inicial e final. Em seguida, expliquei as regras da brincadeira e o procedimento de alternância dos alunos. Nesta atividade percebi que os alunos estavam com dificuldade de equilibrar-se, depois de muita prática ocorreu uma grande melhora nos saltos e na sequência desta brincadeira. 
 
 
Figura 03: Alunos do 2° e do 3° ano participando da atividade Amarelinha tradicional.
 
    Após, foi realizada a “Amarelinha de velocidade rápida” com o desenho de mais uma amarelinha de tamanho maior, na qual o uso da pedrinha foi dispensado e cada aluno utilizou uma das amarelinhas. Como combinado com eles o objetivo era a velocidade do deslocamento e a coordenação entre os saltos alternados de um e dois pés, anotei em uma planilha o tempo de percurso de cada um e após discutimos o desempenho no desenvolvimento das atividades. Logo, trabalhamos com a “Amarelinha recortada”, Figura 04, na qual distribui 13 cartas para os alunos. Após, expliquei que as casas foram recortadas com a intenção de propiciar uma nova modalidade de construir e brincar a amarelinha.

Figura 04: Alunos do 2° e do 3° ano participando da atividade Amarelinha recortada.


     Em seguida, sugeri que os alunos projetassem uma Amarelinha com as mesmas casas da Amarelinha tradicional, mas desta vez em ordem diferente. O fundamental era que a sequência proposta fosse possível de ser executada por todos. Nas cartas em branco os alunos desenharam outros movimentos como saltar com um pé colocando uma mão no chão e assim sucessivamente. Esses movimentos novos foram incluídos na sequência proposta, junto com os passos da amarelinha tradicional. Após concluírem a sequência desenharam o projeto com giz na quadra, mas quando foram pôr em prática notaram o quanto foi difícil realizar todas os passos planejados, conforme a Figura 05. Percebi que alguns alunos projetaram uma sequência de movimentos nas cartas, mas não conseguiram realizá-lo na prática, então os ajudei a localizarem onde estava a dificuldade, reformulando a sequência, deixando-a de forma possível de executá-la. Nesta atividade observei a boa vontade de todos os educandos na experimentação do projeto, o desempenho e o entendimento das regras. 


Figura 05: Alunos do 2° e do 3° ano colocando em prática os seus projetos. 

     Os professores precisam estar informados da importância que o brinquedo, o brincar e o jogar têm no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Assim Piaget (1951) diz que:
Para Piaget (1951), o jogo é fator de grande importância no desenvolvimento cognitivo. O conhecimento não deriva da representação de fenômenos externos, mas sim, da interação da criança com o meio ambiente. O processo de acomodação e assimilação é meio pelo qual a realidade é transformada em conhecimento. No brincar, a assimilação predomina e a criança incorpora o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. Neste sentido, brincar é parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento intelectual.

     Sendo assim, Piaget deixa claro que o conhecimento está intimamente ligado com a vivência da criança, ou seja, depende da influência do seu meio, por isso, o brincar ajuda no seu desenvolvimento cognitivo intelectual.
Para Vygotsky (1967), há dois aspectos importantes no brincar: a situação imaginária e as regras. A situação imaginária criada pela criança preenche necessidades que mudam de acordo com a idade. Um brinquedo que interessa a um bebê não interessa a uma criança mais velha. As regras presentes no brincar não são regras explícitas, mas que a própria criança cria o desenvolvimento desses dois aspectos delineia a evolução do brinquedo das crianças.
      Portanto, Vygotsky relata que por meio do brincar a criança precisa desenvolver sua imaginação e cumprir regras. Dependendo da sua idade é o tipo de brinquedo que ela se interessa, conforme o seu amadurecimento é a forma como cria as regras para o seu próprio brinquedo.



REFERÊNCIAS 


PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1951. 


VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
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