Franco, Heliana Scussiato
Orientadora: ANSAI, Rosana Beatriz[2]
ansairosana@yahoo.com.br
UNESPAR/FAFIUV, CAPES/PIBID,
SUBPROJETO MÃO AMIGA
1 INTRODUÇÃO
A formação de
professores competentes para o exercício pleno da profissão está sendo cada vez
mais questionada e exigida pela sociedade. Assim, como evidencia
Pimenta (2009, p. 61):
Os estudos e
pesquisas sobre a identidade docente têm recebido a atenção e o interesse de
muitos educadores na busca da compreensão das posturas assumidas pelos
professores. Discutir a profissão e profissionalização docentes requer que se
trate da construção de sua identidade.
A partir desta
constatação, percebemos a importância de uma articulação entre teoria e prática
durante os estudos nas licenciaturas. Compreende-se que quanto mais cedo o
professor, em formação, se inserir no contexto real da educação, mais elementos
terá para construir o saber-fazer pedagógico e a identidade de professor, pois
acredita-se que a possibilidade de aperfeiçoar a formação de professores e
melhorar a qualidade da educação, se dá a partir do momento que os licenciados
e futuros professores têm a oportunidade de vivenciar a realidade escolar e ao
mesmo tempo articular a teoria com a prática.
Neste sentido, o
presente trabalho pretende avaliar as contribuições do subprojeto Mão Amiga[3], oferecido pelo Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) em convênio com o
curso de Pedagogia da UNESPAR/FAFIUV, voltado para atuação, estudos e pesquisas
na área da educação, em parceria com a rede pública municipal de ensino, para
formação inicial e profissional dos acadêmicos bolsistas nas
questões do ensino e da aprendizagem na educação básica e na formação acadêmica
dos bolsistas participantes do projeto. Constituem-se também como objetivos do
estudo, apresentar as atividades e
ações desenvolvidas pelos bolsistas voltadas à formação inicial de professores relatando
suas experiências na atuação docente.
A pesquisa tem como base inicial a busca
de um referencial teórico-bibliográfico em livros e artigos científicos. A coleta
de dados será através de relatos de experiências e aplicação de um questionário
semi-estruturado aos bolsistas, a fim de obter suas experiências e
aprendizagens construídas durante a aplicação das atividades do subprojeto Mão
Amiga. A partir da coleta dos dados dos questionários, será investigada a
opinião dos bolsistas quanto à contribuição do PIBID na sua formação
profissional e humana, destacando os pontos positivos e negativos do projeto, a
importância da pesquisa na formação docente, assim como as dificuldades
encontradas e as aprendizagens construídas durante o desenvolvimento das
experiências docentes tuteladas no âmbito do Mão Amiga. Os relatos de
experiência serão obtidos através de análise dos relatórios mensais dos
bolsistas do projeto, bem como através de solicitação de um relato escrito de
forma individual.
2 DESENVOLVIMENTO
Esta pesquisa, embora ainda esteja em
andamento, já coletou e analisou alguns depoimentos de bolsistas do projeto que
relatam suas vivências e contribuições. Abaixo seguem alguns depoimentos que
apontam o projeto como importante na formação acadêmica e respaldos futuros
para inserção na vida profissional e no mercado de trabalho, podendo este ser
este um diferencial na formação inicial docente:
“Atuando no PIBID – Subprojeto Mão Amiga percebo como este agrega
conhecimentos para a minha formação enquanto acadêmica do Curso de Pedagogia.
Pois é possível ter um contato com a sala de aula em todos seus aspectos antes
dos estágios, facilitando nossa prática e aumentando meu gosto pela docência.” (Relato da
Bolsista S.W. Acadêmica do 2º ano de Pedagogia)
“O subprojeto mão Amiga oportuniza a prática
em sala de aula e a vivência na realidade escolar, contribuindo assim para meu
crescimento pessoal e profissional. Este será muito importante para minha
formação, pois quando for atuar no mercado de trabalho já terei adquirido
experiências na área .”( Relato da bolsista E.B. Acadêmica do 1º ano de Pedagogia)
“O Projeto PIBID, oportuniza os acadêmicos a
conhecer a realidade dos alunos com dificuldade de aprendizagem e que através
de recursos diferenciados, do ensino tradicional, aprendem com mais facilidade
e nos possibilita a pratica e a vivência em sala de aula.” (Relato da
bolsista M. S. Acadêmica do 2º ano de Pedagogia)
Com os relatos acima, compreende-se que
a oportunidade das acadêmicas realizarem a prática educativa neste projeto,
representa uma experiência profissional adquirida ainda durante o estudo
acadêmico. O que com certeza contribuirá para a formação e fará com que essas
bolsistas, quando estiverem no mercado de trabalho, sejam profissionais
competentes e dedicadas. Deste modo, o projeto proporciona uma oportunidade de
aprendizagem, pois possibilita o vínculo entre teoria e prática com
oportunidade de remuneração dos estudos realizados.
O projeto busca antecipar as
experiências e oportunizar a vivência em sala de aula. Através da participação
deste, é possível conhecer e aprender a enfrentar as situações da realidade
escolar, pois como relata Tardif (2011, p. 181):
[...] só ela
permite que o professor desenvolva certos habitus
(isto é, certas disposições adquiridas e pela pratica real) que lhe darão a
possibilidade de enfrentar os condicionamentos e os imponderáveis da profissão.
Os habitus podem se transformar num
estilo de ensino, em “truques do ramo” ou mesmo em traços da “personalidade
profissional”: eles se expressam, então, através de um saber-ser e de um
saber-fazer pessoais e profissionais validados pelo trabalho cotidiano.
O Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência – PIBID, que oferece o Subprojeto Mão Amiga (Figura 1), é
uma das potencialidades para aprimorar a formação inicial, considerando as
vinculações entre os saberes que se constroem no espaço acadêmico e os saberes
que são produzidos no contexto escolar. Neste sentido, a experiência real do
professor em exercício na educação básica é relevante por enriquecer a formação
inicial e profissional dos licenciandos, bolsistas do programa.
Figura
1. Bolsistas do subprojeto Mão Amiga,
Coordenação Institucional, Coordenação de área e Administração FAFIUV 2012, alvos
dessa pesquisa.
3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até o momento, conclui-se com a
realização desse trabalho que todos os bolsistas entendem a participação no
subprojeto Mão amiga como uma oportunidade de formação docente, bem como de
associar a teoria aprendida em sala de aula com a prática adotada nas diversas
atividades realizada pelo projeto. Segundo Imbernón (2011, p.67) “As práticas
devem servir de estímulo às propostas teórico-práticas formais, de maneira a
permitir que os alunos interpretem, reinterpretam e sistematizem sua
experiência passada e presente, tanto intuitiva como empírica.” Sendo assim,
entendemos que a parceria entre o projeto e as escolas de educação básica
municipais, tendo como mediadores os supervisores, oportunizam ao aluno tudo
isso, além de uma melhor formação a acadêmica.
REFERÊNCIAS
IMBERNÓM, Francisco. Formação Docente e Profissional: formar-se
para a mudança e incerteza. 9º ed. São Paulo: Cortez, 2011.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA Maria
Socorro Lucena. Estágio e Docência. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
TARDIF, Maurice. Saberes Decentes e Formação
Profissional. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
[1]
Graduanda do 3º ano de
Pedagogia. Bolsista PIBID desde 2012.
[2] Mestre em Educação, Coordenadora
do subprojeto Mão Amiga.
[3] O Projeto Mão Amiga do Curso de
Pedagogia da UNESPAR/FAFIUV é parte integrante do Projeto Ações em Sociedade:
observações na natureza financiado pelo Programa de Iniciação à Docência-
PIBID/CAPES.
Trabalho publicado no II Encontro PIBID/UNESPAR.
Educação Básica e Ensino Superior: Interrelações para a produção do conhecimento.
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