Bolsista Simone Luiza Kovalczuk.
Passei a segunda-feira, 02/12/2013, em meio a conexões: ônibus – avião – avião – ônibus. Mesmo sendo acometida pelo cansaço do deslocamento, para a minha alegria e realização, cheguei ao destino, levando na bagagem a experiência de ter viajado, pela primeira vez, de avião.
Após o credenciamento na terça-feira de manhã, 03/12/2013, a minha semana foi marcada pela contínua partipação na programação do evento. Assim, eu e minhas colegas (Silmara, Jaqueline e Grasiela) elegíamos as atividades que achávamos mais interessantes e passávamos o dia transitando pelos espaços de diálogo e discussões.
Na noite de terça-feira, após assistir várias comunicações orais, apresentei o trabalho intitulado: “Ciclo gnosiológico no projeto de iniciação à docência Mão Amiga CAPES/PIBID da UNESPAR/FAFIUV: da curiosidade ingênua à curiosidade epistemológica”.
Pude notar ao longo de todas as falas dos que apresentaram na mesma sala que eu, que a máxima era a de comentar como o projeto foi levado à prática nas escolas parceiras. Eu e a Silmara, como somos integrantes de uma equipe de gestão, empreendemos uma reflexão diferenciada, pois expusemos dois estudos (o meu e o dela) que têm como fio condutor pensar no quanto a iniciação à docência acrescenta às bolsistas. Assim, enquanto a Silmara falou sobre o constante aprimoramento da linguagem escrita e oral pela qual passam as pibidianas do Mão Amiga; eu falei acerca do quanto o projeto, quando estimula a pesquisa e a reflexão sobre a prática, permite que as bolsistas passem, gradativa e continuamente, da curiosidade ingênua para a epistemológica.
No final da sessão, fomos questionadas sobre o fato do projeto Mão Amiga da UNESPAR/FAFIUV contar com uma especificidade: a equipe de gestão. Explicamos que nosso curso de Pedagogia tem uma ampla gama de formações, sendo que entre elas destacam-se: Educação Infantil, Anos Iniciais, EJA, Educação Especial e gestão. Por conta disso, é totalmente justificável a existência da gestão no projeto, pois está de acordo com a formação ofertada pelo curso.
Em outro âmbito de reflexão, algo que me marcou foi o quanto os participantes discutiam a educação. Não importa o lugar que fôssemos, sempre havia um grupo tecendo considerações sobre como está e como deveria estar o meio educacional, englobando no discurso os desafios e as perspectivas. Também encantei-me com a recepção que o público deu ao António Nóvoa, clamando por uma foto. No dia a dia vejo que esse tratamento é dado às figuras midiáticas, não às que discutem a educação.
Como havia muitas atividades acontecendo simultaneamente, tínhamos que eleger alguma em detrimento de outras. Acredito que mesmo que ficássemos um mês por lá, não teríamos aproveitado toda a vertente programática do evento. Também cabe-me salientar que a programação estava permeada não só pela quantidade, mas pela qualidade.
Em suma, na semana em que passei em Uberaba fui acometida por um orgulho enorme em ser pibidiana e por poder contar a outros participantes da onde eu era, qual era o projeto do qual participava, quais eram as ações que empreendíamos, enfim, como víamos e entendíamos o PIBID. Foi, em síntese, maravilhoso.
Posso afirmar que a minha participação no ENALIC foi demasiada válida. Não fui apenas a um evento voltado aos professores e pibidianos, fui a uma viagem que deu-me a oportunidade de conhecer pessoas e culturas diferentes. Por ser um evento de nível nacional, encantei-me com a diversidade de pensares e dizeres que permeia o Brasil.
Nessa linha de entendimento, fiquei muito satisfeita ao ver que a preocupação para como anda a educação não é algo restrito a União da Vitória, Paraná; ao contrário, está latente em cada canto do país, principalmente onde há professores em formação e atuação.
Em resumo, voltei para a minha cidade com a plena certeza de que a minha formação pessoal e profissional clama por participações em eventos dessa magnitude. Comunicar e ouvir é algo que engrandece-nos enormemente, com ênfase a quando o assunto absorve toda a nossa atenção.
Sintetizando em poucas palavras: o ENALIC 2013 ficará registrado com muito carinho em minha memória acadêmica, professoral e humana. Foi uma experiência que abriu meus horizontes e, agora, sinto-me envolvida pelo anseio de querer participar de mais eventos e continuar, aos poucos e gradativamente, aumentando e lapidando a ótica de como vejo e concebo a docência.
Eis algumas das imagens/fotos que exteriorizam um pouco da minha participação no ENALIC 2013:
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Foto 1: (da esquerda para a direita) Eu,
Jaqueline, Grasiela e Silmara. Reunimo-nos para a foto após
apresentarmos os nossos trabalhos. A nossa comunicação oral ocorreu na
terça-feira, 03/12/2013, à noite.
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Foto 2: (da esquerda para a direita) Jaqueline, eu e Silmara. Após as
apresentações orais na quarta-feira, 04/12/2013, fomos conhecer as
dependências do Centro Educacional da UFTM. |
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Foto 3: Uma particularidade de Uberaba encantou-me em demasia: as árvores. Lindíssimas. |
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Foto 4: Conferência de António Nóvoa, 05/12/2013. |
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Foto 5: Visita monitorada ao Museu do Dinossauro, em Peirópolis. |
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Foto 6: Malas prontas para irmos até o alojamento que nos receberia: Escola Municipal Adolfo Bezerra de Menezes.
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